O tempo atemporal de Deus

06 de dezembro

O tempo atemporal de Deus

Não há "depois" após a morte. Palavras como "antes" e "após" pertencem à nossa vida mortal, a nossa vida no tempo e no espaço. A morte nos liberta dos limites da cronologia e nos coloca no "tempo" de Deus, que é atemporal. 
Especulações sobre vida após a morte, por isso, são pouco mais do que apenas isso: especulações. 
Além da morte não existe "primeiro" e "depois", não existe "aqui" e "ali", nem "passado", "presente", ou "futuro". Deus é tudo em todos. O fim dos tempos, a ressurreição do corpo, e a gloriosa vinda de Jesus já não são separados pelo tempo para aqueles que não estão mais no tempo.

Para nós, que ainda vivemos no tempo, é importante não agir como se a vida nova em Cristo fosse algo que pudéssemos compreender ou explicar. O coração e a mente de Deus são maiores do que os nossos. Tudo o que nos é pedido é confiança.

A Ressurreição escondida

25 de novembro

A Ressurreição escondida

A ressurreição de Jesus foi um evento oculto. Jesus não ressuscitou dos mortos para confundir seus adversários, para fazer uma declaração de vitória, ou para provar para aqueles que o crucificaram que ele estava certo, afinal. Jesus ressuscitou como um sinal, para aqueles que o tinham amado e seguido, de que o amor de Deus é mais forte que a morte. Para as mulheres e homens que haviam se comprometido com ele, ele revelou que sua missão tinha sido cumprida. Para aqueles que compartilharam do seu ministério, ele deu a sagrada tarefa de chamar todas as pessoas para a vida nova com ele.

O mundo não tomou conhecimento. Somente aqueles a quem ele chamou pelo nome, com quem ele partiu o pão, e para quem ele falava palavras de paz ficaram cientes do que aconteceu. Ainda assim, foi este evento oculto que libertou a humanidade dos grilhões da morte.

O desafio de envelhecer

22 de novembro

O desafio de envelhecer

Esperar pacientemente em expectativa não significa necessariamente que tudo fique mais fácil à medida que envelhecemos. Pelo contrário, à medida que avançamos em idade, somos tentados a estabelecer uma forma de rotina de vida e dizer: "Bem, eu já vi de tudo .... Não há nada de novo sob o sol .... Eu estou apenas indo com calma e levo os dias como eles vêm". Mas desta forma as nossas vidas perdem sua tensão criativa. Nós não mais esperamos que algo realmente novo aconteça. Tornamo-nos cínicos, auto-satisfeitos ou simplesmente entediados.

O desafio de envelhecer é esperar com paciência cada vez maior e com uma expectativa cada vez mais forte. É viver com uma esperança ansiosa. É confiar que através de Cristo "tivemos acesso a essa graça (a paz com Deus)... e nos gloriamos na esperança de possuir um dia a glória de Deus" (Romanos 5:2).

Espera ativa

19 de novembro

Espera ativa

Esperar é essencial para a vida espiritual. Mas esperar como um discípulo de Jesus não é uma espera vazia. É uma espera com uma promessa em nossos corações que já faz presente o que estamos esperando. Vamos esperar durante o Advento pelo nascimento de Jesus. Vamos esperar depois da Páscoa pela vinda do Espírito, e depois da ascensão de Jesus esperamos por sua vinda na glória. Estamos sempre à espera, mas é uma espera na convicção de que já vemos os passos de Deus.

Esperar em Deus é uma ativa, alerta - sim, alegre - espera. Enquanto esperamos nós lembramos daquele por quem estamos esperando, e enquanto nós nos lembramos criamos uma comunidade pronta para recebê-lo quando ele chegar.

Agir no Nome de Jesus

18 de novembro

Agir no Nome de Jesus

Ministério é agir no Nome de Jesus. Quando todas as nossas ações são no Nome, elas vão dar frutos para a vida eterna. Agir no Nome de Jesus, no entanto, não significa agir como representante de Jesus ou como seu porta-voz. Significa agir em comunhão íntima com ele. O Nome é como uma casa, uma tenda, uma habitação. Agir no Nome de Jesus, portanto, significa agir a partir do lugar onde estamos unidos com Jesus no amor. Para a pergunta "Onde está você?" nós deveríamos ser capazes de responder: "Eu estou no Nome".


Então, tudo o que fazemos não pode ser diferente de ministério, porque sempre será o próprio Jesus que age em e através de nós. A pergunta final para todos os que ministram é "Você está no Nome de Jesus?" "Quando nós podemos dizer sim para esta pergunta, toda a nossa vida será ministério.

Abraçando o Universo

15 de novembro

Abraçando o Universo

Viver uma vida espiritual torna nossos pequenos e temerosos corações tão grandes como o universo, porque o Espírito de Jesus que habita dentro de nós compreende a totalidade da criação. Jesus é a Palavra, através do qual o universo foi criado. Como diz Paulo: "Nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as criaturas visíveis e as invisíveis - tudo foi criado por ele e para ele - todas as coisas subsistem nele" (Colossenses 1:16-17). Portanto, quando Jesus vive dentro de nós através do seu Espírito, os nossos corações não só abraçam todas as pessoas, mas toda a criação. O amor lança fora todo o medo e se junta a tudo o que pertence a Deus.

A oração, que é a respiração com o Espírito de Jesus, leva-nos a este imenso conhecimento.

O fruto da nossa vida comunitária

14 de Novembro

O fruto da nossa vida comunitária

Nossa sociedade estimula o individualismo. Somos constantemente levados a acreditar que tudo o que pensamos, dizemos ou fazemos, é nossa realização pessoal, merecendo uma atenção individual. Mas como pessoas que pertencem à comunhão dos santos, nós sabemos que qualquer coisa de valor espiritual não é o resultado da realização individual, mas fruto de uma vida em comum.

Tudo o que sabemos a respeito de Deus e do amor de Deus, tudo o que sabemos sobre Jesus - sua vida, morte e ressurreição - tudo o que sabemos sobre a Igreja e seu ministério, não é a invenção de nossas mentes em busca de um prêmio. É o conhecimento que chegou até nós através dos tempos do povo de Israel e dos profetas, de Jesus e dos santos, e de todos os que desempenharam papéis na formação de nossos corações. Verdadeiro conhecimento espiritual pertence à comunhão dos santos.

Estar na Igreja e não ser dela

23 de outubro


Estar na Igreja e não ser dela

Muitas vezes ouvimos a observação de que temos que viver no mundo sem ser do mundo. Mas o que pode ser pior é estar na Igreja, sem ser da Igreja. Estar da Igreja significa estar tão preocupado e envolvido nos muitos assuntos  eclesiais e clericais "prós e contras" que não estamos mais focados em Jesus. A Igreja então nos cega ao que viemos para ver e ensurdece-nos para o que viemos ouvir. Ainda assim, é na Igreja que Cristo habita, convida-nos a sua mesa, e fala-nos com palavras de amor eterno

Jesus, nosso alimento e bebida

04 de outubro

Jesus, nosso alimento e bebida

Jesus é a Palavra de Deus, que desceu do céu, nasceu da Virgem Maria pelo poder do Espírito Santo, e tornou-se uma pessoa humana. Isso aconteceu em um local específico em um tempo específico. Mas cada dia em que celebramos a Eucaristia, Jesus desce do céu, toma o pão e o vinho, e pelo poder do Espírito Santo se torna a nossa comida e bebida. Na verdade, através da Eucaristia, a encarnação de Deus continua a acontecer a qualquer momento e em qualquer lugar.

Às vezes a gente pode pensar: "Eu gostaria de ter estado lá com Jesus e seus apóstolos naquele tempo!" Mas Jesus está mais perto de nós agora do que estava dos seus próprios amigos. Hoje ele é o nosso pão de cada dia!

Jesus se dá a nós

01 de outubro

Jesus se dá a nós

Quando convidamos amigos para uma refeição, nós fazemos muito mais do que oferecer-lhes comida para seus corpos. Oferecemos amizade, companheirismo, boa conversa, intimidade e proximidade. Quando dizemos: "Sirva-se ... coma um pouco mais ... não seja tímido ... tome outro copo", oferecemos aos nossos hóspedes não só a nossa comida e nossa bebida, mas também a nós mesmos. A ligação espiritual cresce, e nós nos tornamos comida e bebida um para o outro.

De forma mais completa e perfeita, isso acontece quando Jesus se dá a nós na Eucaristia, como alimento e bebida. Ao oferecer-nos o seu Corpo e Sangue, Jesus nos oferece a mais íntima comunhão possível. É uma comunhão divina.

Eucaristia, o sacramento da Comunhão

30 de setembro

Eucaristia, o sacramento da Comunhão

O Batismo abre a porta para a Eucaristia. A Eucaristia é o sacramento graças ao qual Jesus entra numa íntima e permanente comunhão com a gente. É o sacramento da mesa. É o sacramento de comida e bebida. É o sacramento da nutrição diária. Enquanto o batismo é um evento de uma-vez-em-uma-vida, a Eucaristia pode ser uma ocorrência mensal, semanal, ou mesmo diária. 


Jesus nos deu a Eucaristia como uma memória constante da sua vida e da sua morte. Não uma memória que simplesmente nos faz pensar nele, mas uma memória que nos faz membros de seu corpo. É por isso que Jesus, na noite antes de morrer, tomou o pão, dizendo: "Este é o meu corpo", e tomou o cálice, dizendo: "Este é o meu Sangue". Ao comer o corpo e beber o sangue de Cristo, tornamo-nos um com ele.

Batismo, um chamado ao compromisso

29 de setembro

Batismo, um chamado ao compromisso

Batismo como um caminho para a liberdade dos filhos de Deus e como um caminho para uma vida em comunidade exige um compromisso pessoal. Não há nada de mágico ou automático sobre este sacramento. A água derramada sobre nós quando alguém diz: "Eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo", tem um significado duradouro quando estamos dispostos a afirmar e reafirmar de todas as maneiras possíveis a verdade espiritual de quem somos como pessoas batizadas.

Neste sentido o batismo é um apelo aos pais de crianças batizados e para o próprio batizado optar constantemente pela luz em meio a um mundo escuro e para a vida no meio de uma sociedade que dá guarida à morte.

Batismo, o Caminho para a Comunidade

28 de setembro

Batismo, o Caminho para a Comunidade
 

O batismo é mais do que um caminho para a liberdade espiritual. Ele também é o caminho para a comunidade. Batizar uma pessoa, seja criança ou adulto, é receber essa pessoa na comunidade de fé. Aqueles que renascem do alto através do batismo, e são chamados a viver a vida de filhos e filhas de Deus, pertencem juntos como membros de uma família espiritual, o corpo vivo de Cristo. Quando batizamos as pessoas, nós as acolhemos nesta família de Deus e lhes oferecemos orientação, apoio e formação, à medida que crescem para a maturidade de viver como Cristo.

Batismo, o Caminho para a Liberdade

27 de setembro

Batismo, o Caminho para a Liberdade
 

Quando os pais batizam seus filhos eles manifestam o desejo de que os seus filhos cresçam e vivam como filhos de Deus e irmãos ou irmãs de Jesus, e de que sejam guiados pelo Espírito Santo.

Através do nascimento uma criança é dada aos pais; através do batismo uma criança é dada a Deus. No batismo, os pais reconhecem que a paternidade e a maternidade são uma participação na paternidade de Deus, que toda paternidade e maternidade vem de Deus. Assim, o batismo liberta os pais do sentido de posse de seus filhos. As crianças pertencem a Deus e são dadas aos pais para amar e cuidar em nome de Deus. É vocação dos pais acolher seus filhos como convidados de honra em sua casa e trazê-los à liberdade física, emocional e espiritual que lhes permita sairem de casa e se tornarem pais. Batismo lembra aos pais esta vocação e configura as crianças no caminho da liberdade.

Batismo: Tornar-nos Filhos da Luz

25 de setembro

Batismo: Tornar-nos Filhos da Luz

Quando Jesus aparece pela última vez aos seus discípulos, ele os envia para o mundo dizendo: "Ide ... fazei discípulos em todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Mateus 28:19).

Jesus oferece-nos o batismo como forma de entrar em comunhão com Deus, Pai, Filho, e Espírito Santo, e viver nossas vidas como filhos amados de Deus. Através do batismo dizemos não para o mundo. Nós declaramos que não queremos mais permanecer como filhos das trevas, mas queremos nos tornar filhos da luz, filhos de Deus. Nós não queremos fugir do mundo, mas queremos viver nele sem pertencer a ele. Isso é o que o batismo nos permite fazer.

Batismo e Eucaristia

24 de setembro

Batismo e Eucaristia

Sacramentos são eventos muito específicos em que Deus nos toca por meio da criação e nos transforma em Cristos vivos. Os dois principais são sacramentos o batismo e a Eucaristia. No batismo a água é o caminho para a transformação. Na Eucaristia é o pão e vinho. As coisas mais comuns da vida - água, pão, vinho, tornam-se a forma sagrada pela qual Deus vem a nós.

Estes sacramentos são eventos reais. Água, pão, vinho não são simples lembretes do amor de Deus, pois eles trazem Deus para nós. No batismo, somos libertados da escravidão do pecado e revestidos com Cristo. Na Eucaristia, o próprio Cristo se torna a nossa comida e bebida.

Meditação

21 de setembro

Meditação

Quando Jesus diz: "O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão" (Lucas 21:33), ele nos mostra um caminho direto para a vida eterna. As palavras de Jesus tem o poder de transformar os nossos corações e mentes e nos levar para o Reino de Deus. "As palavras que eu vos tenho dito", diz Jesus, "são espírito e vida" (João 6:63).

Através da meditação podemos deixar que as palavras de Jesus desçam da nossa mente para o nosso coração e criar ali um lugar de habitação para o Espírito. Tudo o que fazemos e onde quer que vamos, permaneçamos conectados nas palavras de Jesus. São palavras de vida eterna.

Guardando a Palavra de Jesus

20 de setembro

Guardando a Palavra de Jesus


As palavras de Jesus podem nos manter eretos e confiantes em meio à turbulência do fim dos tempos. Elas podem nos ajudar, nos encorajar e dar-nos a vida, mesmo quando tudo ao nosso redor fala de morte. As palavras de Jesus são alimento para a vida eterna. Elas fazem muito mais do que dar-nos idéias e inspiração. Eles levam-nos para a vida eterna, enquanto nós ainda estivermos revestidos da carne mortal.

Quando nos mantemos perto da palavra de Jesus, refletindo-a, "mastigando-a", comendo-a como alimento para a alma, vamos entrar ainda mais profundamente no amor eterno de Deus.

Viver em um estado de preparação

18 de setembro

Viver em um estado de preparação

Tudo o que vem de Deus pede um coração aberto e fiel. Nós não podemos viver com esperança e alegria no fim dos tempos a menos que estejamos vivendo em um estado de prontidão. 


Temos que ter cuidado, porque, como o apóstolo Pedro diz: "Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar." (1 Pedro 5.8). Por isso Jesus diz: "Velai sobre vós mesmos, para que os vossos corações não se tornem pesados com o excesso do comer, com a embriaguez e com as preocupações da vida... Vigiai, pois, em todo o tempo e orai, a fim de que vos torneis dignos de escapar a todos estes males que hão de acontecer, e de vos apresentar de pé diante do Filho do Homem." (Lucas 21:34-36). É a isso que o viver no Espírito de Jesus nos chama.

Defendendo o que é nosso

12 de setembro

Defendendo o que é nosso

Em um mundo tão cheio de turbulência social e política e um enorme sofrimento humano, as pessoas de fé freqüentemente serão ridicularizadas por causa de sua assim chamada ineficácia. Muitos dirão: "Se você acredita que existe um Deus de amor, deixe o seu Deus fazer alguma coisa sobre isto!" Alguns simplesmente declaram a religião como irrelevante, enquanto outros a consideram um obstáculo à criação de um mundo novo e melhor.

Muitas vezes Jesus diz a seus seguidores que, como ele, serão perseguidos, presos, torturados e mortos. Mas ele também nos diz para não se preocupar, mas a confiar nele em todos os momentos. "Gravai bem no vosso espírito de não preparar vossa defesa, porque eu vos darei uma palavra cheia de sabedoria, à qual não poderão resistir nem contradizer os vossos adversários." (Lucas 21:14-15). Não tenhamos medo de ceticismo e cinismo vindo em nossa direção, mas confiemos que Deus nos dará a força para defender o que é nosso.

Guardando nossa alma

11 de setembro


Guardando nossa alma

O grande perigo da crise do fim dos tempos em que vivemos é perder nossa alma. Perder nossa alma significa perder contato com o nosso centro, nosso verdadeiro chamado à vida, nossa missão, nossa tarefa espiritual. Perder a nossa alma significa nos tornarnos tão distraídos e preocupados com tudo que está acontecendo ao nosso redor que acabamos fragmentados, confusos e errantes. Jesus é muito consciente desse perigo. Ele diz: "Vede que não sejais enganados. Muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu; e ainda: O tempo está próximo. Não sigais após eles."(Lc 21:8).

Em meio a momentos de ansiedade aparecem muitos falsos profetas, prometendo todos os tipos de "salvações". É importante que sejamos discípulos fiéis de Jesus, nunca perdendo o contato com a nosso verdadeiro eu espiritual.

Esperar para responder

03 de setembro

Esperar para responder


Escolher a vida em vez da morte exige um ato de vontade, que muitas vezes contradiz nossos impulsos. Nossos impulsos querem se vingar, enquanto nossa vontade quer oferecer o perdão. Nossos impulsos nos empurram para uma resposta imediata: quando alguém nos bate no rosto, nós impulsivamente queremos bater de volta.

Como, então, podemos deixar nossa vontade dominar nossos impulsos? A palavra chave é: esperar. Aconteça o que acontecer, temos que colocar um espaço entre o ato hostil direcionado a nós e a nossa resposta. Temos que nos distanciar, ter tempo para pensar, conversar sobre isso com os amigos, e esperar até que estejamos prontos para responder de uma forma que dá vida. Respostas impulsivas permitem que o mal nos domine: de alguma coisa nós sempre vamos nos arrepender. Mas uma resposta bem pensada vai ajudar-nos a "vencer o mal com o bem" (Romanos 12:21).

Vencer o mal com o bem

02 de setembro

Vencer o mal com o bem

O apóstolo Paulo escreve aos romanos: "Abençoai os que vos perseguem; abençoai-os, e não os praguejeis... Não pagueis a ninguém o mal com o mal.... Não vos vingueis uns aos outros... Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber... Não te deixes vencer pelo mal, mas triunfa do mal com o bem."(Romanos 12:14-21). 


Estas palavras vão direto ao coração da vida espiritual. Elas deixam claro o que significa escolher a vida, não a morte, escolher bênçãos e não maldições. Mas o que nos é pedido aqui vai na contramão de nossa natureza humana. Nós somente seremos capazes de agir de acordo com as palavras de Paulo, sabendo com nosso ser inteiro que o que somos convidados a fazer para os outros é o que Deus tem feito por nós.

Afirmando o eu dado por Deus

01 de setembro

Afirmando o eu dado por Deus

Quando somos profundamente magoados por outra pessoa, é quase impossível não ter pensamentos hostis, sentimentos de raiva ou ódio, e até mesmo um desejo de se vingar. Tudo isso acontece muitas vezes de forma espontânea, sem muito controle interno. Nós simplesmente nos pegamos pensando sobre o que dizer ou fazer para dar o troco à pessoa que nos feriu. Escolher bênçãos em vez de maldições em tal situação exige um enorme salto de fé. É necessária uma vontade de ir além de toda a nossa pressa de revidar e escolher uma resposta que dá vida.


As vezes isso parece impossível. Ainda assim, sempre que ultrapassarmos nosso ego ferido e afirmarmos nosso "eu" dado por Deus, damos vida, não apenas para nós mesmos, mas também aos que nos ofenderam.

Uma escolha que pede disciplina

31 de agosto

Uma escolha que pede disciplina


Quando olhamos criticamente para os muitos pensamentos e sentimentos que enchem os nossos corações e mentes, podemos chegar à descoberta terrível que muitas vezes escolhemos morte em vez da vida, maldição em vez de bênção. A inveja, o ciúme, a raiva, o ressentimento, a avareza, luxúria, vingança, ódio ... todos eles flutuam no grande reservatório de nossa vida interior. Muitas vezes os tomamos por certos e permitimo-lhes estarem lá e fazerem o seu trabalho destrutivo.

Mas Deus nos pede para escolher a vida e escolher a bênção. Esta escolha requer uma imensa disciplina interior. Ela exige grande atenção para as forças da morte dentro de nós e um grande empenho para que as forças da vida venham a dominar nossos pensamentos e sentimentos. Nem sempre podemos fazer isso sozinhos, muitas vezes precisamos de um orientador ou uma comunidade amorosa para nos apoiar. Mas é importante que nós façamos ambos: o esforço interior e a busca do apoio de que precisamos dos outros para nos ajudar a escolher a vida.

Escolher a vida

30 de agosto

Escolher a vida

Deus diz: "...ponho diante de ti a vida e a morte, a bênção e a maldição. Escolhe, pois, a vida, para que vivas com a tua posteridade." (Deuteronômio 30:19).

"Escolha a vida." Esse é o chamado de Deus para nós, e não há um só momento em não temos de fazer essa escolha. Vida e morte estão sempre diante de nós. Em nossa imaginação, nossos pensamentos, nossas palavras, nossos gestos, nossas ações ... mesmo em nossas não-ações (omissões). Esta escolha para a vida começa em um lugar interior muito profundo. Debaixo de muito comportamento de afirmação da vida eu ainda posso abrigar morte-pensamentos e morte-sentimentos. A questão mais importante não é "eu mato?" mas "eu levo uma bênção ou uma maldição em meu coração?". A bala que mata é apenas o instrumento final do ódio que começou a ser alimentado no coração muito antes da arma ter sido apanhada.

Lembrando os mortos

26 de agosto

Lembrando os mortos

Quando perdemos um amigo querido, alguém que amamos profundamente, ficamos com uma dor que pode nos paralisar emocionalmente por um longo tempo. Pessoas que amamos se tornam parte de nós. Nosso pensamento, sentimento e ação são co-determinados por eles: nossos pais, mães, maridos, esposas, nossos amados, nossos filhos, nossos amigos ... todos eles estão vivos em nossos corações. Quando eles morrem uma parte de nós tem que morrer também. Isso é o que o luto significa: ele é essa partida lenta e dolorosa de alguém que se tornou uma parte íntima de nós. Quando chega o Natal, o ano novo, um aniversário, sentimos profundamente a ausência da nossa amada companhia. Às vezes temos que viver pelo menos um ano inteiro antes de nossos corações dizerem um adeus completo e da dor do nosso sofrimento se afastar. Assim, quando os deixamos partir eles tornam-se parte de nossas lembranças e quando os relembramos, eles tornam-se nossos guias na nossa jornada espiritual.

O amor e a dor da partida

25 de agosto

O amor e a dor da partida


Toda vez que tomamos a decisão de amar alguém, nos abrimos para um grande sofrimento, porque aqueles que mais amamos nos causam não só uma grande alegria, mas também muita dor. A maior dor vem de partir. Quando o filho sai de casa, quando o marido ou a esposa sai para um longo período de tempo ou para sempre, quando o amado amigo parte para outro país ou morre ... a dor da partida pode nos rasgar.

Ainda assim, se queremos evitar o sofrimento da partida, nunca experimentaremos a alegria de amar. E o amor é mais forte do que o medo, a vida mais forte do que a morte, a esperança mais forte do que o desespero. Temos que confiar que o risco de amar sempre vale a pena.

A Qualidade de Vida

23 de agosto

A Qualidade de Vida

É muito difícil aceitar uma morte precoce. Quando amigos morrem com 70, 80, ou 90 anos de idade, podemos ficar profundamente tristes e sentir muita saudade deles, mas estamos agradecidos que eles tenham tido uma vida longa. Mas quando um adolescente, um jovem adulto, ou uma pessoa no auge da sua carreira morre, sentimos um protesto crescer em nossos corações, "Por quê? Por que tão cedo? Por que tão jovem? É injusto".

Mas muito mais importante do que a nossa quantidade de anos é a qualidade de nossas vidas. Jesus morreu jovem. São Francisco morreu jovem. Santa Teresa de Lisieux morreu jovem, Martin Luther King, Jr., morreu jovem. Nós não sabemos quanto tempo vamos viver, mas este náo saber chama-nos a viver cada dia, cada semana, cada ano de nossas vidas em seu potencial máximo.

Vivendo bem nossas passagens

22 de agosto

Vivendo bem nossas passagens

A morte é a passagem para uma nova vida. Isso soa muito bonito, mas poucos desejam fazer essa passagem. Pode ser útil perceber que nossa passagem final é precedida por muitas passagens anteriores. Quando nascemos, fazemos uma passagem da vida no útero para a vida em família. Quando vamos para a escola, fazemos uma passagem de vida em família para vida em comunidade maior. Quando nos casamos fazemos uma passagem de uma vida com muitas opções para uma vida comprometida com uma pessoa. Quando nos aposentamos, fazemos a passagem de uma vida de trabalho claramente definido para uma vida pedindo nova criatividade e sabedoria.

Cada uma dessas passagens é uma morte para uma nova vida. Quando vivemos bem essas passagens estamos nos tornando mais preparados para a nossa passagem final.

Jesus vem até nós pelo pobre

04 de agosto

Jesus vem até nós pelo pobre

O que finalmente conta não é se conhecemos Jesus e suas palavras, mas se vivemos nossas vidas no Espírito de Jesus. O Espírito de Jesus é o Espírito do Amor. O próprio Jesus deixa isso claro quando fala sobre o juízo final. As pessoas vão perguntar: "Senhor, quando te vimos com fome e te alimentamos, ou com sede e te demos de beber?" e Jesus responderá: "Quando você fez isso com um dos meus pequeninos ... você fez isso comigo" (Mateus 25:37, 40).

Este é o nosso grande desafio e consolo. Jesus vem a nós na pessoa dos pobres, dos doentes, dos moribundos, dos prisioneiros, dos solitários, dos deficientes, dos rejeitados. O encontramos, e a porta da casa de Deus é aberta para nós.

A porta aberta para qualquer pessoa

03 de agosto

A porta aberta para qualquer pessoa


Jesus é a porta para uma vida em e com Deus. "Eu sou a porta", diz ele (João 10:9). "Eu sou o Caminho, eu sou a Verdade e a Vida. Ninguém pode vir ao Pai senão por mim." (João 14:6). Ainda assim, muitas pessoas nunca ouviram ou ouvirão falar de Jesus. Eles nascem, vivem suas vidas, e morrem sem terem sido expostos a Jesus e às suas palavras. Eles estão perdidos? Não há lugar na casa do Pai para eles?

Jesus abriu a porta da casa de Deus para todas as pessoas, também para aqueles que nunca souberam ou saberão que foi Jesus quem a abriu. O Espírito que Jesus enviou "sopra onde quer" (João 3:8), e pode levar qualquer um através da porta da casa de Deus.

Jesus tira a fatalidade

02 de agosto

Jesus tira a fatalidade

O grande mistério da encarnação é que Deus se fez homem em Jesus de modo que toda a carne humana pudesse ser revestida com a vida divina. Nossas vidas são frágeis e destinadas à morte. Mas já que Deus, mediante Jesus, compartilhou nossa vida frágil e mortal, a morte já não tem a palavra final. A vida tornou-se vitoriosa. Paulo escreve: "Quando este corpo corruptível estiver revestido da incorruptibilidade, e quando este corpo mortal estiver revestido da imortalidade, então se cumprirá a palavra da Escritura: A morte foi tragada pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? "(1 Coríntios 15:54). Jesus tirou a fatalidade da nossa existência e deu valor eterno a nossa vida.

Todas as pessoas levantadas com Jesus

01 de agosto

Todas as pessoas levantadas com Jesus

A morte e ressurreição de Jesus são o modo de Deus abrir a porta da vida eterna para todas as pessoas. Jesus disse: "Quando eu for levantado da terra, eu atrairei todos a mim" (João 12:32). Na verdade, todas as pessoas, de todos os tempos e lugares, são levantados com Jesus na cruz e na vida nova da ressurreição. Assim, a morte de Jesus é uma morte para toda a humanidade, e ressurreição de Jesus é a ressurreição para toda a humanidade.

Nenhuma pessoa do passado, do presente ou do futuro, é excluída da grande passagem de Jesus da escravidão para a liberdade, da terra do cativeiro para a terra prometida, da morte para a vida eterna.

A solidão de Jesus

31 de julho

A solidão de Jesus

Quando Jesus se aproximou da sua morte, ele já não podia experimentar a presença de Deus. Ele clamou: "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" (Mateus 27:47). Ainda em amor ele manteve a verdade de que Deus estava com Ele e disse: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito" (Lucas 23:46).

A solidão da cruz levou Jesus para a ressurreição. À medida que envelhecemos muitas vezes somos convidados por Jesus a segui-lo nessa solidão, a solidão na qual Deus está muito próximo de ser experimentado pelos nossos corações e mentes limitadas. Quando isso acontecer, vamos orar pedindo a graça de entregar nosso espírito para Deus, como Jesus o fez.

Dois tipos de solidão

30 de julho

Dois tipos de solidão

Na vida espiritual temos que fazer uma distinção entre dois tipos de solidão. Na primeira solidão, estamos fora de sintonia com Deus e experimentamos a nós mesmos quando ansiosamente procuramos por alguém ou algo que possa nos dar um sentimento de pertença, de intimidade, de lar. A segunda solidão vem de uma intimidade com Deus e é mais profunda e maior do que os nossos sentimentos e pensamentos possam capturar.

Poderíamos pensar nesses dois tipos de solidão como duas formas de cegueira. A primeira cegueira vem da ausência de luz e a segunda de muita luz. A primeira solidão temos de tentar superar com fé e esperança. A segunda, devemos estar dispostos a abraçar com amor.

Aridez espiritual

29 de julho

Aridez espiritual

Às vezes passamos por uma terrível aridez em nossa vida espiritual. Nós não sentimos desejo de orar, não experimentamos a presença de Deus, nos entediamos com as celebrações, e até mesmo pensamos que tudo o que sempre acreditamos sobre Deus, Jesus e o Espírito Santo é pouco mais do que um conto de fadas da infância.

Então é importante perceber que a maioria destes sentimentos e pensamentos são apenas sentimentos e pensamentos, e que o Espírito de Deus habita além dos nossos sentimentos e pensamentos. É uma grande graça ser capaz de experimentar a presença de Deus em nossos sentimentos e pensamentos, mas quando não o fizermos, isso não significa que Deus está ausente. Isso normalmente significa que Deus está nos chamando para uma maior fidelidade. É justamente em tempos de secura espiritual que devemos nos apegar a nossa disciplina espiritual para que possamos crescer em uma intimidade nova com Deus.

Colocar nossos temperamentos no serviço de Deus

28 de julho

Colocar nossos temperamentos a serviço de Deus

Nosso temperamento - se colérico, fleumático, introvertido ou extrovertido - são elementos bastante permanentes de nossa personalidade. Ainda assim, a nossa forma de "usar" nosso temperamento no dia-a-dia pode variar muito. Quando estamos atentos ao Espírito de Deus dentro de nós, gradualmente vamos aprendendo a colocar nosso temperamento a serviço de uma vida virtuosa. Então a cólera dá origem a um grande zelo pelo Reino, a fleuma ajuda a manter a estabilidade, mesmo em tempos de crise, introversão aprofunda o lado contemplativo, e extroversão incentiva o ministério criativo.

Vivamos com o nosso temperamento, como presentes que nos ajudam a aprofundar a nossa vida espiritual.

Uma janela para nossas vidas espirituais

27 de julho

Uma janela para nossas vidas espirituais

Mesmo que nossas vidas emocional e espiritual sejam distintas, elas influenciam-se mutuamente e profundamente. Nossos sentimentos, muitas vezes nos abrem uma janela em nossa jornada espirituais. Quando não conseguimos deixar o ciúme, podemos nos perguntar se estamos em contato com o Espírito em nós que clama: "Abba". Quando nos sentimos muito tranquilos e "centrados", podemos vir a perceber que este é um sinal de nossa consciência profunda de sermos muito amados.

Da mesma forma a nossa vida de oração, vivida como resposta de fé à presença do Espírito dentro de nós, pode abrir uma janela em nossas emoções, sentimentos e paixões e nos dar alguma indicação de como colocá-los a serviço da nossa longa jornada para o coração de Deus.

A Dinâmica da Vida Espiritual

26 de julho

A Dinâmica da Vida Espiritual

Nossas vidas emocionais e nossas vidas espirituais têm dinâmicas diferentes. Os altos e baixos de nossa vida emocional depende muito do nosso ambiente passado ou presente. Estamos felizes, tristes, irritados, entediados, animados, deprimidos, amorosos, solidários, com ódio, vingativos ou por causa do que aconteceu há muito tempo ou pelo que está acontecendo agora.

Os altos e baixos de nossas vidas espirituais dependem de nossa obediência - isto é, a nossa escuta atenta - aos movimentos do Espírito de Deus dentro de nós. Sem essa escuta a nossa vida espiritual, eventualmente, torna-se sujeita às ondas varridas pelo vento de nossas emoções.

Cavando nossos recursos espirituais

25 de julho

Cavando nossos recursos espirituais

Quando alguém nos machuca, nos ofende, nos ignora, ou nos rejeita, um protesto mais profundo emerge. Pode ser raiva ou depressão, desejos de vingança ou um impulso para prejudicar a nós mesmos. Podemos sentir uma profunda necessidade de ferir aqueles que nos feriram ou cair em um estado emocional suicida de auto-rejeição.

Embora essas reações extremas possam parecer excepcionais, elas nunca estão longe de nossos corações. Durante longas noites muitas vezes nos pegamos pensando sobre palavras e ações que poderiam ter sido usadas em resposta ao que os outros disseram ou fizeram para nós.

É precisamente aqui que temos que cavar fundo em nossos recursos espirituais e encontrar o centro dentro de nós, o centro que está além da nossa necessidade de magoar os outros ou a nós mesmos, onde somos livres para perdoar e amar.

Superando as oscilações nosso humor

24 de julho

Superando as oscilações nosso humor

Será que estamos condenados a ser vítimas passivas de nosso humor? Devemos simplesmente dizer: "Eu me sinto ótimo hoje" ou "Eu me sinto horrível hoje", e exigir que outros vivam com o nosso humor?

Embora seja muito difícil de controlar nosso humor, podemos superá-lo gradualmente, levando uma vida espiritual bem disciplinada. Isso pode nos impedir de agir de acordo com nosso humor. Pode ser que não "sentimos" bem de manhã, porque "sentimos" que a vida não vale a pena viver, que ninguém nos ama, e que nosso trabalho é chato. Mas se, de qualquer forma, nos levantamos, e passamos algum tempo lendo os Evangelhos, recitando os salmos, e agradecendo a Deus por um novo dia, nossos humores podem perder seu poder sobre nós.

O que sentimos não é quem somos

23 de julho

O que sentimos não é quem somos

Nossa vida emocional constantemente tem altos e baixos. Às vezes sentimos grandes alterações de humor: de excitação à depressão, da alegria à tristeza, da harmonia interior ao caos interior. Um pequeno acontecimento, uma palavra de alguém, uma decepção no trabalho, muitas coisas podem provocar tais alterações de humor. Na maioria das vezes temos pouco controle sobre essas mudanças. Parece que elas acontecem a nós ao invés de serem criadas por nós.

Assim, é importante saber que a nossa vida emocional não é o mesmo que nossa vida espiritual. Nossa vida espiritual é a vida do Espírito de Deus dentro de nós. Quando sentimos que nossas emoções oscilam devemos conectar o nosso espírito com o Espírito de Deus e lembrar que o que sentimos não é quem nós somos. Somos e permanecemos, qualquer que seja o nosso humor, filhos amados de Deus.

Construindo pontes entre as pessoas

22 de julho

Construindo pontes entre as pessoas

Tornar-se próximo é construir ponte entre as pessoas. Enquanto há distância entre nós e não podemos olhar nos olhos uns dos outros, surgem todos os tipos de falsas idéias e imagens. Nós damos-lhes nomes, fazemos piadas sobre eles, cobrimos com nossos preconceitos, e evitamos o contato direto. Pensamos neles como inimigos. Esquecemos que eles amam como nós amamos, cuidam de seus filhos como nós cuidamos dos nossos, adoecem e morrem como nós mesmos. Esquecemos que eles são nossos irmãos e irmãs, e os tratamos como objetos que podem ser destruídos à vontade.

Somente quando temos a coragem de atravessar a estrada e olhar nos olhos uns dos outros podemos ver que somos filhos do mesmo Deus e membros da mesma família humana.

Atravessando a estrada pelo outro

21 de julho

Atravessando a estrada pelo outro

Nós nos tornamos próximos quando estamos dispostos a atravessar a estrada pelo outro. Há muita separação e segregação: entre negros e brancos, entre gays e heterossexuais, entre os jovens e os velhos, entre as pessoas doentes e pessoas saudáveis, entre os prisioneiros e pessoas livres, entre judeus e gentios, muçulmanos e cristãos, protestantes e católicos, católicos gregos e católicos latinos.

Há muita estrada a atravessar. Estamos todos muito ocupados em nossos próprios círculos. Temos nosso próprio povo para atender e nossos próprios compromissos para cuidar. Mas se pudéssemos atravessar a estrada de vez em quando e prestar atenção ao que acontece do outro lado, poderíamos de fato nos tornar próximos.

Quem é meu próximo?

20 de julho

Quem é meu próximo?

"Amarás o teu próximo como a ti mesmo" diz o Evangelho (Mateus 22:38). Mas quem é o meu próximo? Nós respondemos a essa pergunta dizendo: "Meus próximos são todas as pessoas com as quais estou vivendo nesta terra, especialmente os doentes, os famintos, moribundos, e todos os que estão em necessidade".

Mas não é isso que Jesus diz. Quando Jesus conta a história do bom samaritano (cf. Lc 10:29-37) para responder à pergunta "Quem é o meu próximo?" ele termina a perguntando: "Qual ... você acha, provou ser o próximo do homem que caiu nas mãos dos bandidos?" O próximo, Jesus deixa claro, não é o pobre homem deitado ao lado da estrada, despido, espancado e quase morto, mas é o samaritano que passou na estrada, "enfaixou suas feridas, derramando azeite e vinho sobre elas, .. . levantou-o em sua própria montaria e levou-o para uma hospedaria e cuidou dele". Meu próximo é aquele que passa na estrada por mim!

Reconhecendo Cristo nas comunidades que sofrem

19 de julho

Reconhecendo Cristo nas comunidades que sofrem

Comunidades, assim como indivíduos, sofrem. Em todo o mundo, há grandes grupos de pessoas que são perseguidas, maltratadas, vítimas de abusos e de crimes horrendos. Há famílias que sofrem, círculos de amigos que sofrem, comunidades religiosas que sofrem, grupos étnicos que sofrem, e nações que sofrem. Nestes corpos de pessoas que sofrem devemos ser capazes de reconhecer o Cristo que sofre. Eles também são escolhidos, abençoados e dados ao mundo.

Quando chamamos uns aos outros para reagir aos gritos dessas pessoas e trabalhamos juntos pela justiça e pela paz, nós estamos cuidando de Cristo, que sofreu e morreu para a salvação do nosso mundo.

O Corpo da Comunidade

17 de julho

O Corpo da Comunidade

Quando nos reunimos em torno da mesa e partimos o pão juntos, somos transformados, não só individualmente, mas também como comunidade. Nós, pessoas de diferentes idades e raças, com origens e histórias diferentes, nos tornamos um só corpo. Como diz Paulo: "Uma vez que há um único pão, nós, embora sendo muitos, formamos um só corpo, porque todos nós comungamos do mesmo pão." (1 Coríntios 10:17).

Não apenas como indivíduos mas também como comunidade, nos tornamos o Cristo vivo, tomados, abençoados, e dados ao mundo. Como um só corpo, nos tornamos uma testemunha viva do imenso desejo de Deus de trazer todos os povos e nações juntos como uma única família de Deus.

Tornar-se o Cristo Vivo

17 de julho

Tornar-se o Cristo Vivo

Sempre que nos reunimos em torno da mesa, tomamos o pão, abençoamos, partimos, e damos um ao outro dizendo: "O Corpo de Cristo", sabemos que Jesus está entre nós. Ele está entre nós, não como uma vaga lembrança de uma pessoa que viveu há muito tempo mas como uma presença real e vivificante que nos transforma. Ao comer o Corpo de Cristo, tornamo-nos o Cristo vivo e somos capazes de descobrir que somos escolhidos e abençoados, de reconhecer a nossa fragilidade (ser partidos), e de confiar que todos nós que vivemos, vivemos para os outros. Assim, nós, como o próprio Jesus, nos tornamos alimento para o mundo.

Ser dado

16 de julho

Ser dado

Jesus é dado para o mundo. Ele foi escolhido, abençoado e partido para ser dado. A vida e a morte de Jesus foram a vida e a morte para os outros. O Filho Amado de Deus, escolhido desde toda a eternidade, foi quebrado na cruz, para que esta vida pudesse se multiplicar e se tornar alimento para pessoas de todos os lugares e em todos os tempos.

Como filhos amados de Deus, temos que confiar que nossas pequenas vidas, quando vividas como filhos escolhidos e abençoados de Deus, são partidas para serem dadas a outros. Nós também temos que nos tornar pão para o mundo. Quando somos abençoados e partidos, nossas vidas continuarão a dar frutos de geração em geração. Essa é a história dos santos - eles morreram, mas eles continuam vivos nos corações dos que vivem depois deles - e isso pode ser a nossa história também.